Se fosse viva, Elis Regina estaria completando 65 anos hoje! Nossa, e eu seria uma das suas maiores fãs! Adorooo!
Morreu em 1982, aos 36 anos de overdose, deixando uma legião de fãs e eu que recém havia nascido não pude conferir ao vivo o vozeirão da Pimentinha!
Quando morei em Porto Alegre, meu apartamento ficava bem pertinho do prédio onde ela viveu boa parte da vida, antes de ir embora para São Paulo e adorava passar por ali e ficar cantarolando baixinho suas músicas...
Ficaram lembranças, saudades e muitas músicas lindas, e não poderia deixar de destacar duas em especial que acho maravilhosas. São de autoria de outros compositores, mas Elis interpretou como ninguém!
Águas de Março
" É o pau, é a pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho
É um estepe, é um prego, é uma conta, é um conto
É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manha, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho
É um estepe, é um prego, é uma conta, é um conto
É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manha, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração... "
Tom Jobim
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Como nossos pais
" Não quero lhe falar meu grande amor das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi e tudo que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar, eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa
Por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está fechado prá nós que somos jovens
Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio e a sua voz
Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantada com uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração
Já faz tempo eu vi você na rua, cabelo ao vento, gente jovem reunida
Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos...
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não enganam não
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que 'eu tô por fora, ou então que eu tô inventando'
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem
Hoje eu sei que quem me deu a ideia de uma nova consciência e juventude
Tá em casa guardado por Deus contando vil metal
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo que fizemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos...
Quero lhe contar como eu vivi e tudo que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar, eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa
Por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está fechado prá nós que somos jovens
Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio e a sua voz
Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantada com uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração
Já faz tempo eu vi você na rua, cabelo ao vento, gente jovem reunida
Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos...
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não enganam não
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que 'eu tô por fora, ou então que eu tô inventando'
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem
Hoje eu sei que quem me deu a ideia de uma nova consciência e juventude
Tá em casa guardado por Deus contando vil metal
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo que fizemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos...
Ainda somos os mesmos e vivemos...
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais! "
Belchior
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13 comentários:
Oiiii,
nossa tb sou muito fã de Elis....nunca vi alguém cantar com tanta alma...tenho saudades e só conheci sua música qdo tinha meus 15 anos....
bjksssss
Oiii! OLha eu aqui. =D
Sabe uma que adoro? "Me deixas louca". Foi minha mãe que me fez gostar de Elis, como do Roberto, do Elvis. Só música boa. \0/
Beeeeeeeeeeeijo, Flávia!
E muita música nos teus dias
Ah, que linda lembrança!
Eu adorava Elis, chorei muito com sua morte repentina.
Pena que não me lembrei disso, senão teria feito um post pra ela também!
Mas, o seu já valeu.
beijinhos cariocas
Lindo demais esse post, até me arrepiou... não é fácil falar dela... e as esolhas perfeita, amo Como nossos pais!
Beijão
Ela é eterna, né?
A 'pequena' grande mulher!
Beijos!
AMO AS MUSICAS DELA...
Não sou muito fã da Elis, mas as suas músicas e claro a sua voz, me remete a uma sensação de tranquilidade e de amor imenso. Adoro!!! Bjs !!!
Uma das divas da música... pena que não está viva... só em forma de lirismo! Abraços... bom fds :D Até já!
A estrela se foi, mas nunca perdeu o brilho.
Continua cantando e encantando várias gerações, vários corações... Elis é uma diva! Adoro!
Ótimo tema para um post, para uma cantoria... Acho que vou ouvi-la agora, hahaha.
Beijo
Flávia,
Feliz Dia do Blogueiro!!
Passa no meu blog pra ver o que fiz!
Beijão
Re
Feliz dia do Blogueiro!!!
:D
Flavia querida, ando sumida, mas não esqueço de vcs. Te acompanho pelo reader sempre que posso e adoro ver as cores dos teus esmaltes. o último é meu preferido.
Fora eu gostar muito da Elis, acho que não tem ninguém que cante como ela. A Elis é insubstituível.
Bjim.
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