quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Anti - Natal


Desde pequena nunca gostei das comemorações natalinas, detestava ter que ficar vendo aquele monte de gente esperando a meia noite como se fossem todos amigos, como que o amor e a paz reinasse entre eles! No outro dia, mais tardar, já estavam se “espraguejando”... Nunca suportei o bom velhinho, sempre tive medo, e segurem-se nas suas cadeiras! Até hoje, dependendo do Papai Noel sou capaz de correr léguas e léguas... Ainda tenho medo, fobia, pânico, pavor, sei lá o que que sinto, mas não gosto nem um pouco! Ano passado até que cheguei perto de um por causa do Bernardo, mas ele era bem bonitinho e não usava aquelas máscaras horrendas que mais parecem de monstros e não do bom velhinho, sendo que pra mim dá tudo na mesma! Para terem idéia tal é o pânico que sinto em relação ao “Sr de barba branca”, 3 anos atrás eu e o Cláudio estávamos em Rio Grande no mês de dezembro e sai quase chorando do BIG quando avistei o dito cujo numa poltrona linda, cheio de renas, duendes na sua volta... E o Cláudio chorava de tanto rir, querendo que eu sentasse no colo do bom velhinho, e falava “ho ho ho”... Sai em disparada do “super” e quase de mal com o Cláudio!
Não sei se é só por causa desse meu medo, mas não gosto mesmo do Natal, novembro vai findando e eu vou afundando numa depre sem tamanho! Acho lindas as decorações, os pratos deliciosos, as ceias lindíssimas, os presépios, as árvores – até comprei uma ano passado pro Be, amanhã já vou montar pra ele, mas não me animo com nada, nem com os presentes! Tento ter o espírito de Natal, decorar a casa, comprar presentes, pensar na ceia e tudo mais, mas não adianta que meu coração não amolece... Não posso nem ouvir o “jingle bells jingle bells”...
Minha mãe também odeia, acha triste, lembra de quem já se foi... Acho que é genético! Quando eu era criança ela ainda fazia tudo para tentar me enganar, fazia de conta que gostava, fazia com que eu sentisse a magia do Natal, mas de nada adiantou... Com o passar do tempo ela viu que eu também seria anti-natal e acabamos com as falsas celebrações natalinas aqui em casa... Ela nem espera mais os sinos badalarem, muito menos os foguetes estourarem. Já eu esperava, só pra me acabar bebendo nas boates ou bailes...
Ano passado já foi diferente! Passei com a família do meu amor, primeiro natal do meu filho, até estava um pouco mais animada, juro que tentei, mas o sorriso foi forçado durante quase toda noite, não consigo gostar mesmo... Sou católica, não praticante, entendo que é o nascimento de Jesus e tudo mais, mas não tenho porque comemorar... É sempre a mesma coisa... Concordo que tudo é muito bonito, entendo e admiro muito quem gosta, mas Natal pra mim é mais uma data comercial.

2 comentários:

Renata Lopes Costa disse...

Ai que pena Flávia! Eu gosto, porque tenho lembranças da minha infância, onde sempre era a data de reunir os parentes que moravam longe. Para mim era uma festa!

Tem que tentar driblar o Bê com este teu medo, para que ele não venha a sofrer mais tarde.

E quanto à ti, tem mais é que fazer o que teu coração manda mesmo. Bjão!!

Beth/Lilás disse...

Flávia,
Você tem toda a razão de não gostar daquele cara barbudo, esquisitão e às vezes com cheiro de cachaça, como alguns que já vi por aqui no Rio.
O Natal já foi legal, já foi sublime e a gente acreditava que existia a tal magia, quando cantávamos "botei meu sapatinho na janela do quintal", mas como hoje em dia, roubam até um pé de sapato, é ladrão por todos os lados neste infame país, conseguiram matar a beleza dessa época, pois músicas assim já não soam com a singeleza e inocência dos bons tempos.

Eu tive uma infância linda e meus pais sempre se esforçaram para nos presentear e fazer do natal um tempo de encantamento, reflexão sobre o tema e união.

Hoje, depois de muitos natais celebrados com meu filho pequeno e adolescente, parece que algo amorteceu também meu coração e não tenho o mínimo interesse mais nesta data, talvez pela frenética e galopante campanha de consumismo que me enoja e embota totalmente o tema a que se refere.

Mas, acho que você agora, com o Bernardo pequenino, sei não... acho que mudará um pouco este conceito quando ele começar a entender melhor as coisas e no colégio outros coleguinhas o influenciarem. Espere para ver e, de repente, quem sabe, você descobrirá uma nova sensação.
Não feche seu coração a estas novas experiências que estão por vir. Você ainda é muito jovem e muiiiiiiiiita coisa ainda vai acontecer. Você vai ver!

bjs cariocas